quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Quando as farmácias fazem o jogo do que mais mal vai no país

Aquele utente chegou aflitíssimo à Unidade de Saúde. É diabético, possui uma máquina para avaliar regularmente os valores de glicemia capilar e ao ir comprar as tiras de teste a uma farmácia (T) nesta cidade foi-lhe dito pela farmacêutica, sr. X olhe que essa tiras não existem mais, vão deixar de ser fabricadas, ..., mas nós temos outra máquina para lhe dar.
Tal situação é uma pura falsidade, mas a srª doutora, licenciada em farmácia, também ela o sabia, mas o importante não é o doente, é sim o lucro fácil. A troca da máquina seria efectuada porque determinado laboratório farmacêutico oferece à farmácia uma série de artigos, que depois serão vendidos com margem total de lucro.
Quanto à máquina proposta, a mesma foi mandada fazer por alguém importante no nosso meio farmacêutico, foi testada e os valores que apresenta não respeitam os padrões internacionais para os desvios permitidos. Isso também a doutora sabe, mas que interessa que o utente pense que tem uns valores e afinal tenha outros? O erro leva-o certamente a descompensar a diabetes, e isso logicamente será bom para o lucro da farmácia.
Tenha vergonha, minha senhora.
Situações como esta fazem com que muitas vezes pense que alguns farmacêuticos não frequentaram a faculdade de farmácia, mas antes o curso de gestão, possivelmente na U. Lusófona através de equivalências curriculares. Igualmente servirá para ter pouca confiança, quando em anúncios ouço "... consulte o seu médico ou farmacêutico"


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